sábado, 14 de novembro de 2015

A Frente Resistência responde à LBI


Nota política da Frente Resistência
Novembro de 2015

A Frente Resistência nasceu com o objetivo de aglutinar forças do campo popular e de esquerda para atuação em três grandes eixos de luta: pela emancipação da classe trabalhadora e dos povos oprimidos, contra o imperialismo e contra o fascismo. Tais tarefas estão na ordem do dia da luta de classes de nossos tempos, principalmente diante da contraofensiva mundial movida pelo campo reacionário desde a queda dos Estados Operários do Leste no início dos anos 90 e agudizada pela crise capitalista de fins dos 00. A Frente Resistência se propõe, portanto, a ser uma frente para a ação, de luta, não podendo desperdiçar suas ainda modestas energias com intrigas, fofocas e “polêmicas” com as minúsculas seitas que infestam, ainda que virtualmente, os ambientes de esquerda.

Uma dessas minúsculas seitas, a LBI- Liga Bolchevique Internacionalista, nome pomposo e megalomaníaco que não corresponde à desprezível relevância da seita, em um de seus blogs apócrifos -(aqui)- realizou um ataque à Frente Resistência e à Frente Comunista dos Trabalhadores (FCT), agrupamento do qual participava grande parte dos integrantes da atual FR. Em seu afã por holofotes, a seita LBI desfere uma série de calúnias e difamações contra os camaradas participantes de tais grupos, não apenas mostrando ignorância quanto à matéria de fato -não tendo participado da construção de tais iniciativas, à seita só cabe especular e divagar- como, também, manipulando, distorcendo e inventando situações falsas. Isso mostra que não basta à seita ser desprezível numericamente; também o é moralmente, mostrando ser aluna aplicada da escola stalinista de falsificação.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Nota da Frente Resistência sobre a conjuntura

A crise do capitalismo mundial chegou ao Brasil pra tirar o sono de muitas famílias. Num cenário de recessão econômica, com altos índices de desemprego, juros vertiginosos, inflação galopante, um brutal aumento nas tarifas de energia elétrica e água, aumento da gasolina e do gás de cozinha etc, o trabalhador ainda é penalizado por uma política de ajuste fiscal do governo petista, que ataca velhos direitos e enxuga o orçamento fazendo com que, em momentos de crise econômica, os diminuídos recursos sejam transferidos preferencialmente para os poderosos, sejam eles grandes capitalistas do campo e das cidades, banqueiros ou especuladores, em detrimento da classe trabalhadora.


Enquanto o povo trabalhador perde com as medidas de austeridade do governo Dilma, como as MP's 664 e 665, os patrões são poupados com o PPE (programa de proteção ao emprego), que diminui os salários dos operários e não mexe em nada no lucro dos empresários. Foram cortadas verbas da saúde e da educação, áreas notadamente em crise, mas os bancos continuam batendo recordes de lucros e o pagamento de juros e amortizações da dívida pública são mantidos religiosamente.

Apesar de todas essas práticas - contrárias ao prometido pelo PT durante a campanha presidencial de 2014 -, a oposição de direita é insaciável, e continua a pressionar Dilma mais e mais. Dilma ao invés de governar amparada por suas bases da CUT e dos movimentos sociais optou por fazer concessões à burguesia, na ilusão de assim conter o golpismo em marcha no pós-eleição. Porém, acossado pela chantagem do impeachment, em sua política de colaboração de classes, o PT tem cedido cada vez mais, entregando ministérios e contemplando picaretas como o "Chigago boy" Joaquim Levy na Fazenda, o indecoroso Kassab nas Cidades, a famigerada Kátia "Motosserra" Abreu na Agricultura e o pau mandado de Eduardo Cunha, o peemedebista Celso Pansera, na pasta de Ciência e Tecnologia. O mesmo Eduardo Cunha, presidente do velho balcão de negócios dos politiqueiros profissionais, a Câmara, em meio a denúncias de propina e contas secretas na Suíça, permanece no cargo, mediante barganhas e chantagens entre o governo e a oposição de direita.

Todavia, o que já é péssimo pode piorar ainda mais. Como dito, a oposição de direita quer ainda mais. Para as forças reacionárias do país, alinhadas com Washington e o imperialismo mundial, o ajuste implementado pelo governo do PT é tímido e lento, e, além disso, o PT ainda possui, ainda que cada vez mais tênues, laços históricos com o movimento operário e social. Por isso, farão tudo ao seu alcance para derrubar o governo petista ou inviabilizá-lo nas eleições de 2018, para que possam colocar um autêntico representante do capital, que possa, sem o menor pudor ou escrúpulo, implementar a agenda neoliberal em grau máximo.

Nós da Frente Resistência não podemos aceitar que o Partido dos Trabalhadores seja derrubado por forças muito mais à sua direita. Os trabalhadores precisam reassumir o protagonismo político no País, na luta contra os desmandos do Executivo e do Congresso; essa batalha, todavia, será enormemente mais árdua, difícil e sacrificante para a classe trabalhadora caso a oposição de direita tenha sucesso em derrubar o PT do poder. Portanto, combatemos o golpe, o que não significa, em momento algum, capitular à política do PT.

Assim, a Frente Resistência convoca organizações, movimentos sociais, partidos políticos, sindicatos, estudantes e forças de esquerda, democráticas e progressistas em geral, para se somarem a essa luta. Já passou da hora de construirmos uma frente de atuação na defesa de nossa classe. Convocamos, portanto, a FRENTE ANTI-GOLPISTA, ANTI-IMPERIALISTA e ANTI-FASCISTA, pela defesa intransigente de nossos direitos, pela revolução brasileira e pelo socialismo!